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Máquinas térmicas e Ciclo de Carnot

Fala, pessoal, tudo bem? Vamos estudar um pouco mais sobre Termodinâmica, abordando máquinas térmicas e Ciclo de Carnot. Essas são as bases para o funcionamento de muitas máquinas, de carros à combustão a usinas nucleares.

Veja que essas máquinas convertem parte do calor que recebem em trabalho mecânico. E entender isso é essencial para compreendermos a matéria. Então, abra o caderno e bons estudos!

Máquina térmica

Entende-se por máquina térmica o dispositivo capaz de converter em trabalho mecânico. Exemplo: locomotiva a vapor. Quando estudamos esse conteúdo, é preciso refletir sobre o quanto entra de energia nessa máquina, de onde ela vem e para onde ela vai.

Veja a imagem:

Uma máquina térmica recebe calor de um lugar que chamamos de fonte quente, que é um local que fornece energia para a máquina funcionar. Toda fonte quente está em uma temperatura TQ. Por sua vez, a fonte fria é outro local da máquina para onde vai o rejeito da energia.

Funciona assim: a máquina térmica recebe calor da fonte quente (Qquente), converte em trabalho mecânico (τ) e o restante é rejeitado pela fonte frita (Qfria). Importante notar que a soma das energias se equivalem.

Exemplo: suponha que o calor da fonte quente é igual a 1000 J e que a máquina térmica o transforme em um trabalho mecânico que equivale a 400 J. Assim, podemos concluir que o módulo do calor rejeitado é de 600 J.

A partir disso, temos a principal fórmula das máquinas térmicas:

Qquente = τ + |Qfria|

Para calcular o rendimento (η) de uma máquina térmica é necessário pegar a parte útil pelo total que ela recebeu, o que nos dá a seguinte fórmula:

Note que o denominador (Qquente) será sempre maior que o numerador (τ). Portanto, 0 ≤ η < 1.

Ciclo de Carnot

O Ciclo de Carnot é considerado um ciclo ideal, pois fornece o rendimento máximo para uma máquina térmica que opere entre duas fontes com temperaturas TF e TQ. Ele trabalha com duas transformações isotérmicas e duas transformações adiabáticas.  

Importante: muitos enunciados não vão falar especificamente em Ciclo de Carnot. Muitas questões vão usar a expressão “rendimento máximo” ou “trabalho máximo”.

Acompanhe a imagem:

Aqui, valem as mesmas fórmulas que vimos para máquinas térmicas. A questão é que quando uma máquina está no Ciclo de Carnot, o calor que vem da fonte quente está para o calor que é rejeitado pela fonte fria assim como TQ está para TF. Ou seja, há uma razão na mesma proporção entre o calor da fonte fria e da fonte quente que é a mesma razão de TF e TQ:

Lembre-se de que essa razão só vale para Ciclo de Carnot. A partir disso, podemos pegar a expressão acima e substituir na fórmula do rendimento, criando uma nova maneira de calculá-lo.

Para isso, devemos lembrar que qualquer máquina que opere entre duas temperaturas (TF e TQ), tem um rendimento menor do que as máquinas operando no Ciclo de Carnot entre as mesmas temperaturas.

Agora, acompanhe:

Lembre-se de que:

Qquente = τ + Qfria

Assim, podemos:

τ = Qquente – Qfria

Então, basta substituir:

Importante: essa fórmula vale para qualquer máquina térmica, e não apenas Ciclo De Carnot.

Lembre, agora, que vimos que há uma razão entre os calores das fontes fria e quente e as temperaturas. Então, podemos fazer mais uma substituição na fórmula para descobrimos, por fim, a fórmula de rendimento de máquina de Carnot:

Importante: em Termodinâmica, as temperaturas deverão estar sempre em kelvin (K)!

Máquinas térmicas e Ciclo de Carnot: gráfico

A maneira mais simples para saber se uma questão está pedindo Ciclo de Carnot é, como vimos, por meio de expressões como “rendimento máximo” ou “trabalho máximo”. Mas nem sempre é assim: outra alternativa que pode aparecer nas suas provas é um gráfico que traz duas transformações adiabáticas e duas transformações isotérmicas.

Acompanhe:

Repare, então, que em transformações isotérmicas a temperatura é sempre constante. Já nas transformações adiabáticas, o calor trocado em determinado trecho é nulo.

Segunda Lei da Termodinâmica

O ideal seria que houvesse um máquina que conseguisse retirar todo o calor da fonte quente e convertê-lo exclusivamente em trabalho mecânico, sem desperdício de energia. Mas isso é impossível.

Assim, a Segunda Lei da Termodinâmica nos diz, em outras palavras, que é impossível alcançarmos o rendimento máximo. Para entendermos melhor, vamos lembrar:

Para que o rendimento fosse igual a 1, precisaríamos ter que τ = Qquente. Mas isso não acontece, porque o calor que vai para a fonte fria nunca é nulo (QFria ≠ 0), impossibilitando sua conversão apenas em trabalho.

Assim, podemos fazer as seguintes afirmações:

  • O rendimento de uma máquina térmica nunca é 100% (η ≠ 1).
  • Em uma máquina térmica, o calor rejeitado para a fonte fria nunca pode ser nulo (QFria ≠ 0).
  • A temperatura da fonte fria nunca chega a zero kelvin (TF > 0).

Espero que você tenha entendido um pouco melhor sobre máquinas térmicas e Ciclo de Carnot. E se quiser ajuda para melhorar seu nível de Física em outras matérias, entre em contato comigo e escolha o curso de Física mais adequado para você!

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