{"id":9888,"date":"2022-04-25T09:00:00","date_gmt":"2022-04-25T12:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/professorpinguim.com.br\/blog\/?p=9888"},"modified":"2023-08-06T21:00:45","modified_gmt":"2023-08-07T00:00:45","slug":"tudo-sobre-1a-e-3a-leis-de-newton","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/professorpinguim.com.br\/blog\/tudo-sobre-1a-e-3a-leis-de-newton\/","title":{"rendered":"Tudo sobre 1\u00aa e 3\u00aa Leis de Newton"},"content":{"rendered":"\n
Fala, pessoal, tudo certo? Nesta aula, vamos falar sobre a 1\u00aa e a 3\u00aa Leis de Newton. Acompanhe!<\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n
Embora este conte\u00fado n\u00e3o tenha f\u00f3rmulas, seja apenas conceitual, ele \u00e9 muito importante na F\u00edsica. A primeira lei de Newton trata da in\u00e9rcia, que \u00e9 a tend\u00eancia que todo corpo tem de ficar em repouso ou em movimento retil\u00edneo uniforme (MRU).<\/p>\n\n\n\n
Importante:<\/strong> atente-se ao tipo de movimento. Quando falamos de in\u00e9rcia, \u00e9 MRU. N\u00e3o h\u00e1 outro tipo de movimento poss\u00edvel, e \u00e9 preciso definir que tipo de movimento o corpo mant\u00e9m. Caso contr\u00e1rio, a resposta estar\u00e1 incompleta (ou errada!).<\/p>\n\n\n\n Para termos uma situa\u00e7\u00e3o de in\u00e9rcia, significa que a for\u00e7a resultante do corpo \u00e9 nula (FR = 0), ou seja, ele n\u00e3o tem acelera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Aqui, devemos lembrar da Mec\u00e2nica, que nos diz que toda for\u00e7a (F) causa uma acelera\u00e7\u00e3o (a) que, por sua vez, vai causar uma varia\u00e7\u00e3o de velocidade (\u0394v). Ent\u00e3o, se a for\u00e7a \u00e9 nula, a acelera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m ser\u00e1 e, por consequ\u00eancia, a velocidade ser\u00e1 constante.<\/p>\n\n\n\n Cuidado:<\/strong> quando falamos que a velocidade \u00e9 constante, estamos nos referindo \u00e0 velocidade vetorial. Ou seja, se a velocidade do corpo era zero, ela continua zero (repouso), mas se a velocidade era diferente de zero, segundo a primeira lei de Newton, ela continua com esse valor e na mesma reta (MRU).<\/p>\n\n\n\n Assim, vamos lembrar que toda vez que a resultante for nula teremos duas situa\u00e7\u00f5es:<\/p>\n\n\n\n Outro conceito que temos que nos atentar \u00e9 que a in\u00e9rcia de um copo est\u00e1 relacionada \u00e0 sua massa. Quanto maior a massa de um corpo, maior ser\u00e1 a sua tend\u00eancia em permanecer como est\u00e1 (em repouso ou em movimento).<\/p>\n\n\n\n Veja a imagem abaixo. Ela representa um corpo deslizando para a direita, com uma \u00fanica for\u00e7a o empurrando nesse sentido.<\/p>\n\n\n\n No entanto, a partir do meio da imagem, aparece uma outra for\u00e7a (F2<\/sub>). Essa for\u00e7a tem o mesmo m\u00f3dulo de F1, com mesma dire\u00e7\u00e3o e sentido oposto. Portanto, a partir do momento que F2<\/sub> passa a agir, a for\u00e7a resultante (FR<\/sub>) \u00e9 nula.<\/p>\n\n\n\n Lembre-se que isso n\u00e3o significa que o corpo parou! Quando a resultante \u00e9 nula, o corpo para de acelerar, n\u00e3o necessariamente para se deslocar.<\/p>\n\n\n\n Quando F2<\/sub> passa a atuar, o corpo atinge sua velocidade final, pois at\u00e9 ali a for\u00e7a resultante n\u00e3o era nula e, portanto, a acelera\u00e7\u00e3o era diferente de zero e, consequentemente, a velocidade era vari\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n A partir desse momento em que a resultado fica nula, o corpo mant\u00e9m a velocidade que tinha consquista do. No caso dessa imagem, teremos a in\u00e9rcia em movimento. Qual movimento? MRU.<\/p>\n\n\n\n Mas o que acontece em uma curva? Observe a imagem:<\/p>\n\n\n\n Quando o corpo est\u00e1 na curva, para que possa descrever a curva, \u00e9 necess\u00e1rio que se mude a dire\u00e7\u00e3o do vetor velocidade.. O corpo n\u00e3o faz a curva sozinho.<\/p>\n\n\n\n Quando um corpo faz uma curva, tem que haver uma resultante que aponte para o centro. Nesse caso, chamaremos de resultante centr\u00edpeta, que causa altera\u00e7\u00e3o na dire\u00e7\u00e3o da velocidade, variando o movimento.<\/p>\n\n\n\n Quando a resultante centr\u00edpeta acaba, o corpo para de fazer curva. Como consequ\u00eancia, ele segue em linha reta, pois a velocidade n\u00e3o mudar\u00e1 mais de dire\u00e7\u00e3o. Assim, o corpo vai se manter com velocidade vetorial constante (in\u00e9rcia do movimento).<\/p>\n\n\n\n Repare que no ponto em que a resultante centr\u00edpeta acaba, o corpo sai pela tangente da trajet\u00f3ria circular.<\/p>\n\n\n\n Temos ainda outra aplica\u00e7\u00e3o. Veja a figura:<\/p>\n\n\n\n Essa imagem \u00e9 a representa\u00e7\u00e3o do que acontece com uma pessoa quando um carro se envolve em uma colis\u00e3o traseira. Antigamente, os carros n\u00e3o tinham apoio de cabe\u00e7a nos bancos.<\/p>\n\n\n\n Em uma situa\u00e7\u00e3o assim, quando o carro sofre a batida, ela vai para frente, mas a cabe\u00e7a da pessoa tem a sua tend\u00eancia, por in\u00e9rcia, em continuar no mesmo lugar.<\/p>\n\n\n\n O que o apoio de cabe\u00e7a faz \u00e9 exercer uma for\u00e7a na cabe\u00e7a da pessoa para que ela ganhe acelera\u00e7\u00e3o junto com o tronco, impedindo que a in\u00e9rcia mantenha a cabe\u00e7a no lugar.<\/p>\n\n\n\n Mais uma possibilidade:<\/p>\n\n\n\n O cinto de seguran\u00e7a \u00e9 outro exemplo cl\u00e1ssico da in\u00e9rcia. Se um carro est\u00e1 em movimento e o ocupante est\u00e1 sem cinto, o corpo tende a continuar em MRU, pois o carro parou. Assim, as pessoas seriam projetadas contra o vidro.<\/p>\n\n\n\n O cinto de seguran\u00e7a segura a pessoa, aplicando uma for\u00e7a para tr\u00e1s e desacelerando o corpo. O mesmo princ\u00edpio aplica-se ao airbag. Nesse caso, a bolsa de ar serve para aumentar o tempo de parada do corpo. Conforme o tempo aumenta, a for\u00e7a fica menor. Isso est\u00e1 relacionado a uma grandeza chamada impulso.<\/p>\n\n\n\n As for\u00e7as de a\u00e7\u00e3o e rea\u00e7\u00e3o acontecem sempre aos pares. Ou seja, sempre que um corpo A exercer uma for\u00e7a sobre um corpo B (a\u00e7\u00e3o), o corpo B tamb\u00e9m exercer\u00e1 uma for\u00e7a no corpo A (rea\u00e7\u00e3o).<\/p>\n\n\n\n Importante: jamais teremos a\u00e7\u00e3o e rea\u00e7\u00e3o aplicadas no mesmo corpo. A a\u00e7\u00e3o de A \u00e9 sobre B e de B \u00e9 sobre A. Com isso, elas nunca podem se anular!<\/p>\n\n\n\n As for\u00e7as de a\u00e7\u00e3o e rea\u00e7\u00e3o t\u00eam quatro caracter\u00edsticas fundamentais:<\/p>\n\n\n\n Observe a imagem que representa a for\u00e7a el\u00e9trica entre part\u00edculas:<\/p>\n\n\n\n No primeiro caso, vamos lembrar que cargas diferentes se atraem. A for\u00e7a que a part\u00edcula 1 vai exercer sobre 2 \u00e9 igual \u00e0 for\u00e7a que 2 exerce em 1. Assim, falamos que o vetor da for\u00e7a de 2 sobre 1 \u00e9 igual ao negativo da for\u00e7a de 1 sobre 2 (F21 = -F12).<\/p>\n\n\n\n No segundo e terceiro casos, temos for\u00e7as de repuls\u00e3o. Assim, a for\u00e7a com que A empurra B para um lado \u00e9 igual \u00e0 for\u00e7a com que B empurra A para o outro.<\/p>\n\n\n\n Agora, veja a imagem que traz um exemplo de for\u00e7a de tra\u00e7\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n Este corpo est\u00e1 preso ao teto por um fio ideal. Isso significa que o fio n\u00e3o tem massa. Todo esse sistema est\u00e1 em equil\u00edbrio.<\/p>\n\n\n\n Vamos separar os elementos para entender as for\u00e7as e a\u00e7\u00e3o e rea\u00e7\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n As intera\u00e7\u00f5es entre eles geram os pares de a\u00e7\u00e3o e rea\u00e7\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n Cuidado:<\/strong> os vetores -T1<\/sub> e -T2<\/sub>, ambos no fio, n\u00e3o formam um par de a\u00e7\u00e3o e rea\u00e7\u00e3o, pois est\u00e3o no mesmo corpo.<\/p>\n\n\n\n Outro exemplo \u00e9 a for\u00e7a gravitacional. Vamos imaginar a Terra e a Lua. A for\u00e7a gravitacional (tamb\u00e9m chamada de Peso) est\u00e1 sempre na linha que liga o centro de um corpo ao centro de outro.<\/p>\n\n\n\n Assim como a Terra atrai a Lua, a Lua atrai a Terra. Os dois vetores dessas for\u00e7as seguem todas as condi\u00e7\u00f5es que vimos sobre a Terceira Lei de Newton (mesma intensidade e dire\u00e7\u00e3o, sentidos opostos e em corpos diferentes).<\/p>\n\n\n\n Mais um exemplo. Veja a imagem, que representa a for\u00e7a normal. Trata-se de um bloco sobre uma mesa que est\u00e1 apoiada na Terra:<\/p>\n\n\n\n Separando novamente os elementos, assim como fizemos anteriormente: <\/p>\n\n\n\n Veja que, sobre a caixa, atuam duas for\u00e7as: o peso (P) e a normal (N).<\/p>\n\n\n\n Cuidado: <\/strong>jamais podemos dizer que a normal \u00e9 rea\u00e7\u00e3o do peso! \u00c9 simples entender o porqu\u00ea: eles est\u00e3o no mesmo corpo.<\/p>\n\n\n\n Portanto, para cada uma dessas for\u00e7as h\u00e1 uma rea\u00e7\u00e3o em um corpo diferente. Se a Terra puxa o bloco para baixo, ele a puxa para cima (-P). J\u00e1 a normal \u00e9 uma for\u00e7a trocada entre o bloco e a mesa. Se ela o empurrou para cima, ent\u00e3o o bloco a empurrou para baixo (-N).<\/p>\n\n\n\n Existe outra aplica\u00e7\u00e3o da terceira lei de Newton que se refere aos ve\u00edculos e o tipo de tra\u00e7\u00e3o que eles possuem: dianteira, traseira ou nas quatro rodas (4×4). Nesse caso, estamos falando de for\u00e7as de atrito entre os pneus e o solo.<\/p>\n\n\n\n A tra\u00e7\u00e3o de um carro se refere a que eixo est\u00e1 ligado ao motor. Em ve\u00edculos, ela \u00e9 o que leva o ve\u00edculo para frente quando aceleramos.<\/p>\n\n\n\n Sendo assim, na tra\u00e7\u00e3o dianteira, as rodas da frente empurram o ch\u00e3o para tr\u00e1s com a for\u00e7a de atrito (Fat). Portanto, como rea\u00e7\u00e3o, o ch\u00e3o empurra as rodas para frente (-Fat).<\/p>\n\n\n\n Em carros assim, as rodas de tr\u00e1s s\u00e3o soltas. Elas tamb\u00e9m empurram o ch\u00e3o para frente e geram uma rea\u00e7\u00e3o para tr\u00e1s. Repare, portanto, que na tra\u00e7\u00e3o dianteira, o atrito das rodas da frente est\u00e1 a favor da acelera\u00e7\u00e3o do carro.<\/p>\n\n\n\n Por outro lado, nos carros de tra\u00e7\u00e3o traseira, as rodas de tr\u00e1s empurram o ch\u00e3o para tr\u00e1s e o ch\u00e3o as empurra para frente. Nas rodas da frente, ocorre o oposto.<\/p>\n\n\n\n E nos carros 4×4 as quatro rodas empurram o ch\u00e3o para tr\u00e1s, para que o ch\u00e3o as empurre para frente. Ent\u00e3o, nesse tipo de ve\u00edculo, as quatro rodas recebem for\u00e7as a favor da acelera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Espero que voc\u00ea tenha entendido um pouco melhor sobre as Leis de Newton. E se quiser ajuda para melhorar seu n\u00edvel de F\u00edsica em outras mat\u00e9rias, entre em contato comigo e escolha o curso de F\u00edsica mais adequado para voc\u00ea<\/strong><\/a>!<\/strong><\/p>\n\n\n\n SAIBA MAIS Me acompanhe nas redes sociais: curta a minha p\u00e1gina no Facebook<\/strong><\/a>,<\/strong> me siga no Instagram<\/strong><\/a>,<\/strong> se inscreva no Youtube<\/strong><\/a> e participe do meu canal oficial no Telegram<\/strong><\/a>.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Fala, pessoal, tudo certo? Nesta aula, vamos falar sobre a 1\u00aa e a 3\u00aa Leis de Newton. Acompanhe!<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":9889,"comment_status":"closed","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[741,355],"tags":[854,855,857,856],"class_list":["post-9888","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-dinamica-e-estatica","category-mecanica","tag-1a-lei-de-newton","tag-3a-lei-de-newton","tag-principio-da-acao-e-reacao","tag-principio-da-inercia"],"yoast_head":"\nAplica\u00e7\u00f5es do princ\u00edpio da in\u00e9rcia<\/h3>\n\n\n\n
<\/figure>\n\n\n\n
<\/figure>\n\n\n\n
<\/figure>\n\n\n\n
<\/figure>\n\n\n\n
Terceira Lei de Newton: Princ\u00edpio da a\u00e7\u00e3o e rea\u00e7\u00e3o<\/h2>\n\n\n\n
Aplica\u00e7\u00f5es do princ\u00edpio da a\u00e7\u00e3o e rea\u00e7\u00e3o<\/h3>\n\n\n\n
<\/figure>\n\n\n\n
<\/figure>\n\n\n\n
<\/figure>\n\n\n\n
<\/figure>\n\n\n\n
<\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n
\ud83d\udc27 Primeira Lei de Newton: In\u00e9rcia<\/a>
\ud83d\udc27 Segunda Lei de Newton: tudo o que voc\u00ea precisa saber<\/a>
\ud83d\udc27 Tudo sobre a Terceira Lei de Newton<\/a><\/p>\n\n\n\n