{"id":8309,"date":"2022-03-02T09:00:00","date_gmt":"2022-03-02T12:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/professorpinguim.com.br\/blog\/?p=8309"},"modified":"2023-08-06T21:01:12","modified_gmt":"2023-08-07T00:01:12","slug":"exercicios-resolvidos-sobre-campo-eletrico-uniforme-ceu","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/professorpinguim.com.br\/blog\/exercicios-resolvidos-sobre-campo-eletrico-uniforme-ceu\/","title":{"rendered":"Exerc\u00edcios resolvidos sobre Campo El\u00e9trico Uniforme (CEU)"},"content":{"rendered":"\n

Fala, pessoal! Nesta aula, vamos resolver exerc\u00edcios sobre Campo El\u00e9trico Uniforme (CEU), um conte\u00fado de Eletrost\u00e1tica que costuma cair bastante nas provas. Vamos, antes, revisar alguns conceitos importantes. Acompanhe!<\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n

Campo el\u00e9trico uniforme<\/h2>\n\n\n\n

Uma regi\u00e3o de campo el\u00e9trico uniforme \u00e9 aquela em que o campo el\u00e9trico \u00e9 constante em todos os lugares. Para isso acontecer, as linhas de for\u00e7a devem ser retas, paralelas e igualmente espa\u00e7adas.<\/p>\n\n\n\n

Veja a figura:<\/p>\n\n\n\n

\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Sabemos, ent\u00e3o, que o campo el\u00e9trico \u00e9 igual em A, B e C: EA<\/sub> = EB<\/sub> = EC<\/sub>. J\u00e1 quando falamos de potencial el\u00e9trica, a coisa muda um pouco. Nesse exemplo, o potencial de B e C s\u00e3o iguais, pois est\u00e3o na mesma linha equipotencial (VB<\/sub> = VC<\/sub>). Portanto, a diferen\u00e7a de potencial (U) entre B e C \u00e9 nula.<\/p>\n\n\n\n

Em geral, as quest\u00f5es dessa mat\u00e9ria v\u00e3o pedir para calcular coisas como a diferen\u00e7a de potencial entre dois pontos, a dist\u00e2ncia entre linhas equipotenciais ou at\u00e9 mesmo quanto vale o campo el\u00e9trico em uma determinada regi\u00e3o. Para isso, vamos usar sempre a mesma f\u00f3rmula:<\/p>\n\n\n\n

E . d = U<\/strong>AB<\/sub><\/strong><\/p>\n\n\n\n

Lembrando que d \u00e9 a dist\u00e2ncia entre as equipotenciais em que est\u00e3o A e B (e n\u00e3o a dist\u00e2ncia entre os pontos), e U \u00e9 a diferen\u00e7a potencial. Nesse caso: U<\/strong>AB<\/sub><\/strong> = V<\/strong>A<\/sub><\/strong> – V<\/strong>B<\/sub><\/strong>.<\/p>\n\n\n\n

Caso seja colocada uma carga (q) neste campo el\u00e9trico, podemos utilizar a f\u00f3rmula da for\u00e7a el\u00e9trica:<\/p>\n\n\n\n

Fel = |q| . E<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Podemos calcular tamb\u00e9m o trabalho da for\u00e7a el\u00e9trica:<\/p>\n\n\n\n

\u03c4<\/strong>Fel<\/sub><\/strong> = q . (V<\/strong>i<\/sub><\/strong> – V<\/strong>f<\/sub><\/strong>)<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Ainda podemos utilizar o Teorema da Energia Cin\u00e9tica (TEC). Isso ser\u00e1 poss\u00edvel quando somente a for\u00e7a el\u00e9trica atuar. Nesse caso, ela ser\u00e1 a for\u00e7a resultante da part\u00edcula. Assim, o trabalho da resultante ser\u00e1 igual \u00e0 varia\u00e7\u00e3o da Energia Cin\u00e9tica:<\/p>\n\n\n\n

\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

Exerc\u00edcios resolvidos de Campo el\u00e9trico uniforme<\/h2>\n\n\n\n

Quest\u00e3o 1<\/h3>\n\n\n\n

(Unicamp) Considere uma esfera de massa m e carga q pendurada no teto e sob a a\u00e7\u00e3o da gravidade e do campo el\u00e9trico E como indicado na figura a seguir. Adote: g = 10 m\/s\u00b2.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"(UNICAMP)<\/figure>\n\n\n\n

a) Qual \u00e9 o sinal da carga q? Justifique sua resposta. <\/strong><\/p>\n\n\n\n

O sinal da carga q \u00e9 negativa, porque h\u00e1 tr\u00eas for\u00e7as no corpo: for\u00e7a el\u00e9trica para a esquerda, o peso para baixo e a tra\u00e7\u00e3o do fio para cima. Como o vetor da for\u00e7a el\u00e9trica ficou oposto ao campo, com certeza a carga \u00e9 negativa.<\/p>\n\n\n\n

b) Qual \u00e9 o valor do \u00e2ngulo \u03b8 no equil\u00edbrio?<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Em equil\u00edbrio, significa que o sistema est\u00e1 parado, ou seja, a resultante \u00e9 nula. Nesse caso, podemos pegar as for\u00e7as e fazer a figura de um tri\u00e2ngulo. Vamos desenhar:<\/p>\n\n\n\n

\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Ent\u00e3o temos que:<\/p>\n\n\n\n

\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Veja que o enunciado n\u00e3o nos traz for\u00e7a el\u00e9trica e peso, mas apenas massa, carga e campo. Ent\u00e3o, temos que substituir:<\/p>\n\n\n\n

\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Repare tamb\u00e9m que a quest\u00e3o nos pede o \u00e2ngulo e, por essa f\u00f3rmula, descobriremos apenas a tangente dele. Portanto, devemos usar o arco tangente:<\/p>\n\n\n\n

\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

Quest\u00e3o 2<\/h3>\n\n\n\n

(Ufpe) Um el\u00e9tron com energia cin\u00e9tica de 2,4×10<\/strong>-16 <\/sup><\/strong>J entra em uma regi\u00e3o de campo el\u00e9trico uniforme, cuja intensidade \u00e9 3,0×10<\/strong>4 <\/sup><\/strong>N\/C.O el\u00e9tron descreve uma trajet\u00f3ria retil\u00ednea, invertendo o sentido do seu movimento ap\u00f3s percorrer uma certa dist\u00e2ncia. Calcule o valor desta dist\u00e2ncia em cm.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Nessa quest\u00e3o, como temos um el\u00e9tron (carga negativa), a for\u00e7a el\u00e9trica tem sentido oposto ao campo. Ou seja, o el\u00e9tron foi “jogado” a favor do campo a uma certa velocidade (vi<\/sub>) e, ap\u00f3s uma certa dist\u00e2ncia, a for\u00e7a el\u00e9trica o fez inverter o sentido da trajet\u00f3ria. E quando falamos em invers\u00e3o de sentido, estamos dizendo que o el\u00e9tron parou. Isso significa que a velocidade final dele \u00e9 nula (vf<\/sub> = 0). Repare, tamb\u00e9m, que a dist\u00e2ncia (d) pedida no enunciado \u00e9 que nosso \u0394s.<\/p>\n\n\n\n

Como a quest\u00e3o nos deu energia cin\u00e9tica, a melhor forma de resolu\u00e7\u00e3o \u00e9 pelo Teorema da Energia Cin\u00e9tica:<\/p>\n\n\n\n

\u03c4Fr<\/sub> = \u0394Ec<\/p>\n\n\n\n

E vamos lembrar tamb\u00e9m o trabalho da for\u00e7a el\u00e9trica:<\/p>\n\n\n\n

\u03c4Fel<\/sub> = q . U<\/p>\n\n\n\n

Para resolver a quest\u00e3o, vamos juntar as duas f\u00f3rmulas. Repare, por\u00e9m, que n\u00e3o temos U, mas temos a dist\u00e2ncia e o campo el\u00e9trico. Portanto, temos que pegar a f\u00f3rmula: E . d = U.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, repare que o trabalho da for\u00e7a el\u00e9trica ser\u00e1 negativo, pois a varia\u00e7\u00e3o da energia interna \u00e9 negativa.<\/p>\n\n\n\n

Juntando as f\u00f3rmulas, ter\u00edamos que:<\/p>\n\n\n\n

\u03c4Fel<\/sub> = q . E. d<\/p>\n\n\n\n

Mas, novamente, isso pode nos levar a cometer um erro de sinal, porque a varia\u00e7\u00e3o da energia cin\u00e9tica ser\u00e1 negativa e veja que esse sinal n\u00e3o est\u00e1 na f\u00f3rmula. Nesse caso, temos que recorrer a outra f\u00f3rmula:<\/p>\n\n\n\n

\u03c4Fel<\/sub> = Fel<\/sub> . d . cos\u03b8<\/p>\n\n\n\n

Aqui, o cosseno que utilizar\u00edamos seria do \u00e2ngulo de 180\u00ba, porque a for\u00e7a est\u00e1 para um lado e o deslocamento, para outro. E o cosseno de 180\u00ba \u00e9 negativo (-1), fazendo com que o sinal que precisamos apare\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Ent\u00e3o, acompanhe:<\/p>\n\n\n\n

\u03c4Fel<\/sub> = \u0394Ec = Ecf<\/sub> – Eci<\/sub><\/p>\n\n\n\n

Fe . d . (-1) = 0 – Eci<\/sub><\/p>\n\n\n\n

|q| . E . d = Eci<\/sub><\/p>\n\n\n\n

Agora sim podemos resolver, pois temos todas as vari\u00e1veis. Note que a quest\u00e3o n\u00e3o nos forneceu a carga elementar do el\u00e9tron. Ent\u00e3o, precisamos lembrar: e = -1,6.10-19<\/sup> C. Portanto:<\/p>\n\n\n\n

1,6.10-19<\/sup> . 3,0.104<\/sup> . d = 2,4.10-16<\/sup><\/p>\n\n\n\n

\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

d = 0,5.10-1<\/sup> = 0,05 m<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

Quest\u00e3o 3<\/h3>\n\n\n\n

(Unesp 2015) Modelos el\u00e9tricos s\u00e3o frequentemente utilizados para explicar a transmiss\u00e3o<\/strong><\/p>\n\n\n\n

de informa\u00e7\u00f5es em diversos sistemas do corpo humano. O sistema nervoso, por exemplo, \u00e9 composto por neur\u00f4nios (figura 1), c\u00e9lulas delimitadas por uma fina membrana lipoproteica que separa o meio intracelular do meio extracelular. A parte interna da membrana \u00e9 negativamente carregada e a parte externa possui carga positiva (figura 2), de maneira an\u00e1loga ao que ocorre nas placas de um capacitor.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

A figura 3 representa um fragmento ampliado dessa membrana, de espessura d, que est\u00e1 sob a\u00e7\u00e3o de um campo el\u00e9trico uniforme, representado na figura por suas linhas de for\u00e7a paralelas entre si e orientadas para cima. A diferen\u00e7a de potencial entre o meio intracelular e o extracelular \u00e9 V. Considerando a carga el\u00e9trica elementar como e, o \u00edon de pot\u00e1ssio K<\/strong>+<\/sup><\/strong> , indicado na figura 3, sob a\u00e7\u00e3o desse campo el\u00e9trico, ficaria sujeito a uma for\u00e7a el\u00e9trica cujo m\u00f3dulo pode ser escrito por<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

RESOLU\u00c7\u00c3O:<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Placas paralelas em um capacitor formam, no meio um campo el\u00e9trico uniforme, com linhas de campo retas e paralelas, do positivo ao negativo (como na figura 3).<\/p>\n\n\n\n

O m\u00f3dulo da for\u00e7a el\u00e9trica que atua pode ser calculado como:<\/p>\n\n\n\n

Fe = |q| . E<\/p>\n\n\n\n

Mas repare que n\u00e3o temos o valor do campo el\u00e9trico. Portanto, vamos substituir, utilizando a f\u00f3rmula E . d = U (veja que o enunciado chama de V, e n\u00e3o U). Isolando E, temos que:<\/p>\n\n\n\n

\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Note, agora, que a carga q da f\u00f3rmula ser\u00e1 a carga elementar e que a quest\u00e3o aborda. Portanto:<\/p>\n\n\n\n

\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

RESPOSTA: E<\/strong><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

Para aprender mais:<\/h3>\n\n\n\n
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